3.4.06

Grucamo nas cordas...

Domingo, 2 de Abril, 9:00h.
A concentração em Famalicão, no sítio do custume, mas hoje para experimentar uma coisa nova: rapel.
Toda a gente sabia que as cordas aguentam até 3000 Kg, mas e se não aguentarem? Adiante, que isto de mostrar nervosismo é coisa de fracos.
Chegados a Valongo (depois de nos termos enganado apenas uma vez no caminho, o que é mesmo muito bom para o Grucamo) é tempo de amarrar bem as cordas para começar a descer. Primeira dúvida: será que a árvore aguenta com o peso? Todo o material utilizado tinha sido alvo de rigorosos teste de qualidade, mas a árvore não. Depois de uma observação mais atenta verifica-se que a árvore em questão, um pinheiro, apresenta marcas de ter sido bastante utilizado para actividades similares. Ok, aguenta.
Neste momento não se conseguia perceber que estaria mais nervoso, so os formandos, se o formador, que muito subtilmente começava a acusar o peso da responsabilidade.
E começam as descidas. O primeiro artista, por sinal o mais pesado do grupo, desce. Se as cordas aguentarem com ele, aguentam com toda a gente. Devagarinho e com pouco geito lá desceu. A descarge de adrenalina quando se toca com os pés no chão é intensa (mesmo que a parede só tenha uns 10 metros). Mas quando se chega ao chão dá vontade de voltar a repetir. Afinal esta coisa é bem mais simples do que parece. Desde que se cumpram todas as regras e não se abuse da confiança, descer em rapel é muito fixe.
E as descidas continuam. Uns mais nervosos que outros, a expressão final é semelhante em todos: isto é mesmo fixe.
O Carlos (formador) fartou-se de correr. Porque o que desce também tem que subir (isto contraria as regras da física, mas é mesmo assim), e o Carlos fartou-se de subir.
Gostava aqui de deixar só mais um apontamento, para louvar a disponibilidade do Carlos em levar maçaricos a fazer rapel. Tenho a certeza que o fez de bom grado, mas a calma com que ia explicando e acompanhando todos os movimentos dos iniciados fez com que a experiência tenha sido muito positiva.
Estou ansioso, e tenho a certeza que não sou o único, para que chegue a próxima oportunidade para mais uma vez efectuar uma descida controlado com cordas.