28.10.13

Adeus AMIGO ... até sempre!

Caros Companheiros e Amigos,
Foi com imensa mágoa que hoje nos fomos despedir do Zé Lima, intensificada porque não nos foi permitido expressar publicamente a nossa amizade, carinho e saudade pela perda do Zé. 

Por razões que entendemos fúteis, mesquinhas e prepotentes, foi negada a possibilidade de perante os familiares presentes nas cerimónias fúnebres, que nos conhecem e estimam, dizer do nosso sentimento, expressar o nosso orgulho por ter sido seus companheiros de aventura, transmitir a nossa saudade e homenagear quem perdemos. O Zé Lima não merecia tal atitude.

Para que os companheiros que estiveram presentes e os que não puderam estar possam guardar como recordação o que devia ser dito e não foi permitido dizer, deixamos neste cantinho que é de todos nós (aqui ninguém nos impede de expressar o que sentimos, hoje e sempre) o texto que com carinho e respeito lhe dedicamos.

                                                                                    Um abraço
                                                                                  O Presidente da Direcção
                                                                                   Rui Grenha
                                                                                     29 Outubro 2013

    GRUCAMO  -  Grupo de Caminheiros de Montanha
                                                                                

Tínhamos acabado de chegar a casa, terminada mais uma actividade na Serra da Cabreira, quando o Vitor César enviou a sua mensagem magoada  -  o ZÉ Lima morreu …!

Ao olhar o texto a vista embaciava por uma lágrima teimosa (de saudade) resultante da mágoa logo sentida.


O era um dos nossos mais dedicados companheiros; simples no trato, simples nas acções, disponível, Amigo, conversador, honesto, respeitador, com uma alma enorme que entregava totalmente ao nosso Grupo, deixando transparecer em todos os momentos a sua Felicidade por estar integrado, de pleno direito, neste núcleo de montanhistas.


O ZÉ Lima era um dos nossos e sentia enorme vaidade (verdadeira) em vestir a camisola do sol nascente e das montanhas, em participar nas actividades, em estar presente, em ser “GRUCAMO”. O ZÉ era, acima de tudo, um exemplo de dedicação e amor incondicional a uma causa  -  a sua Associação.


Ao longo dos anos sempre nos divertimos com as suas histórias, com a sua presença, com o seu sentido Humano e Amigo de saber estar e ouvir, mesmo quando nos era permitido brincar com as suas atitudes naturais. O ZÉ era sem dúvida, uma das figuras mais carismáticas deste grupo montanheiro.

Nunca o vamos esquecer, porque era uma presença original e genuína em todos os momentos que tivemos o privilégio de compartilhar, olhando as estrelas, sentindo o vento e fazendo longas travessias nas montanhas.


O ZÉ era um Homem bom, puro, sem disfarces - era apenas o ZÉ Lima!

Perdemos um companheiro, mas esteja onde estiver, vai “saber” que a sua presença será sempre sentida porque, cumprindo o nosso lema “NUNQUAM SUMOS SINGULI” (nunca estamos sós), o vamos recordar, hoje e sempre.


Até sempre … AMIGO!





















                       









































 


ATÉ SEMPRE, ZÉ LIMA...!



7.10.13

"AVÓS e NETOS" no BUÇACO

O dia de verdadeiro verão estava destinado para concluir a adiada actividade dos "Avós e Netos".
Partimos com a alegria dos mais idosos e a irreverência dos mais novos. Já estavam percorridos muitos quilómetros, quando o primeiro transporte (carrinha da Junta de freguesia) se encontrava na área de serviço de Antuã e recebemos  a informação que o autocarro estava com problemas mecânicos, parado em plena auto-estrada. Reparada a avaria (uma correia partida) iniciaram a viagem e logo após surge novo problema  -  um pneu rebenta originando nova paragem. Sem solução no local, tiveram que percorrer em marcha cuidada cerca de 3 kms para chegar à área de serviço. Mas o mais caricato estava para chegar...
De "mangas arregaçadas"  -  ou melhor, em t'shirt (branca para colorir de óleo)  -  o nosso companheiro Manuel Leitão, apoiado pelo Tozé, lança "mãos à obra" e inicia os preparativos para trocar o pneu. Bem procuram o "macaco", mas este devia estar retirado em férias ...
A solução foi pedir o apoio dos serviços da Brisa que surgiram com muita brevidade.
Novo problema surgia, agora com dificuldade para a colocação do tal "macaco" disponibilizado pelos serviços de apoio.
Não desanimaram os "técnicos"e conseguem arranjar um enorme bloco de cimento para suportar o peso do autocarro, elevando o mesmo para trocar o pneu rebentado.
Entretanto os "passageiros" davam palpites e aguardavam calmamente a resolução do problema.
Ultrapassados os "simples" problemas mecânicos, seguimos rumo ao Buçaco. As "Portas de Coimbra" (entrada da Mata do Bussaco) pareciam estrangular o autocarro que a muito custo conseguiu entrar sem danos. Um pouco acima escolhemos o local para o almoço, muito próximo do Vale dos Fetos e mesmo junto da magnífica escadaria da Fonte Fria
Terminado o repasto era tempo de começar a caminhar. Um grupo (dos mais desportistas) decidiu "atacar" através do Vale dos Fetos, seguindo para a Cruz Alta. Um segundo grupo iniciava através de Fonte Fria o acesso aos jardins do Palácio. Finalmente, o terceiro grupo, composto pelos mais idosos (mas dignos apreciadores do local) foram auto-transportados até junto do magnífico monumento transformado (infelizmente) em hotel. 
Enquanto era aguardado o regresso dos mais arrojados, calmamente instalados nos bancos junto ao bonito jardim frontal os mais idosos conversavam animadamente. Entretanto um pequeno grupo resolveu seguir através da mata até ás Portas da Rainha.
Chegado o momento de reunir todo o grupo, foram chamados para a "foto de grupo" e deliciaram-se com a presença romântica dos noivos "beijoqueiros" que faziam as "poses" normais para a "câmara de vídeo voadora" captando os momentos de ternura que o par vivia.
Depois foi o regresso ao local de almoço, para o lanche e surgia a despedida deste local encantador, com a satisfação aclarada no rosto e nos olhos brilhantes (não só de alegria ...), com a certeza que os momentos de alegre confraternização à mistura com as peripécias da viagem, nunca serão esquecidas e se possível, repetidos no próximo ano. Até lá!